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A GESTÃO DA POLÍTICA FISCAL PRECISA SER LEVADA MAIS A SÉRIO PELO GOVERNO FEDERAL

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(*) Balian É sabido de todos que quanto mais se adia a solução de um problema, sua solução fica mais difícil, demorada e cara para o responsável. Os três poderes constituintes da república, executivo, legislativo e judiciário, sob a liderança do executivo, têm sido negligentes com a política fiscal, na medida em que ora excluem, ora validam despesas do cálculo do arcabouço e consequentemente aumentam o valor da dívida pública sem o menor constrangimento social. O mercado está inseguro, pois em outubro, a dívida chegou a R$ 9,9 trilhões de reais, 78,6% do PIB, cresceu 11 pontos porcentuais no governo Lula 3 e os agentes econômicos naturalmente para compra de papéis postulam juros mais elevados e prazos menores. A remuneração média gira em torno de 19% ao ano e o prazo médio de vencimento é de 4,14 anos. Só de juros acumulados até outubro foram gastos R$ 987,2 bilhões de reais, 9,88% do PIB. É bom lembrar que cerca de 25% da dívida vence em 2026, ano de eleições, copa do mundo e inúme...

ATÉ QUANDO VAMOS EMPURRAR OS PROBLEMAS COM A BARRIGA (II)?

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  (*) Balian No artigo (I), foi abordada a 1ª. questão relacionada a perda de tempo e a forma com os gestores públicos brasileiros preferem postergar e tomar medidas paliativas na resolução de problemas ao invés de solucioná-los de forma definitiva, relativa à Armadilha de Crescimento Baixo que o Brasil enfrenta a mais de duas décadas. Nesse artigo, será abordada uma 2ª. questão, o enorme DÉFICIT DA PREVIDÊNCIA SOCIAL sem perspectiva de solução. Atualmente, temos cerca de 103 milhões de pessoas trabalhando, um recorde, no entanto, somente 45% com carteira assinada, 15% sem carteira assinada e 40% na informalidade. Do lado positivo, são 40 milhões de trabalhadores registrados, a massa salarial é cerca de R$ 355 bilhões de reais com rendimento médio de R$ 3.502. O desemprego está em 5,6%, correspondente a 6,1 milhões de pessoas, marcas históricas mínimas. Do lado negativo, 55% de quem trabalha contribui pouco ou quase nada para a previdência social. Para piorar a situação,...

ATÉ QUANDO VAMOS EMPURRAR OS PROBLEMAS COM A BARRIGA (I)?

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  (*) Balian Como dizem os filósofos, um item precioso que não conseguimos recuperar é o tempo, fator incontestável da realidade brasileira. Entra governo, sai governo, seja municipal, estadual ou federal, tem sido mais fácil postergar, tomar decisões paliativas, do que resolver as mazelas do subdesenvolvimento nacional a décadas. Admiro a França, um país que em pouco mais de um ano trocou seis 1º. Ministros, fundamentalmente, devido a divergências quanto ao Orçamento e Previdência Social. Algo inimaginável no Brasil, onde “tudo acaba em pizza”, vide última CPI, a do INSS. Destaco duas questões, nos artigos do Blog: A 1ª. primeira - ARMADILHA DE CRESCIMENTO BAIXO - Na reunião de novembro/25, o COPOM manteve corretamente a taxa de Selic em 15% ao ano, e deu a entender que por um “período prolongado”, com tudo mais ou menos constante, não mudará seu valor, que perfaz taxa de juros real de mais de 10% ao ano. Um mal terrível para a economia, pois projeta crescimento pífio do P...

VOCÊ TOMA DECISÕES BASEADA NUM CONJUNTO DE INDICADORES OU SOMENTE PELO FLUXO DE CAIXA?

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  Gerenciar um negócio na economia brasileira nunca foi tarefa fácil e cada vez mais são necessários dados e informação para se tomar decisões assertivas. Você concorda com essa ideia? Pois bem, não é uma unanimidade, muitos gestores baseiam-se exclusivamente no fluxo de caixa, que não deixa de ser um indicador, mas acreditamos que seja insuficiente frente as necessidades atuais de mercados interno e externo cada vez mais voláteis. Um indicador mostra a relação entre duas variáveis interrelacionadas, sua finalidade é a de permitir extrair tendências, compará-las entre si ao longo do tempo, com o que foi projetado e com a média do setor. Os mais adequados são aqueles através do quais, pode-se atuar sobre os resultados. Existem indicadores estáticos que refletem somente a situação passada da empresa. Os dinâmicos são mais oportunos, pois, permitem a operação sobre dados no presente, de modo a fixar metas, de curto, médio e longo prazo e estabelecer controles gerenciais. Ro...

SINUCA DE BICO: DESARANJO FISCAL, INFLAÇÃO, JUROS ALTOS E CRESCIMENTO BAIXO

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  Desde o início da gestão do Presidente Lula (3), o país está mergulhado num círculo vicioso que começa pela (i) desordem fiscal , na medida em que R$ 390 bilhões de reais foram excluídos do cálculo do arcabouço, passa pela (ii) inflação de 5,13% ao ano, desancorada e fora da meta de 3%, aumento da (iii) dívida pública para R$ 9,6 trilhões, 77,6% do PIB e impacto no (iv) crescimento do PIB de 2,16% para 2025, pífio e insuficiente frente as nossas necessidades. A prioridade do planalto não é o desenvolvimento e sim a reeleição de um presidente sem plano, foco e perspectiva. A taxa de juros real de 10% ao ano pode ser comparada aos efeitos negativos do cigarro ao corpo humano, pois o cigarro provoca lentamente nas pessoas problemas pulmonares e câncer e os juros altos nas empresas, processos de recuperação judicial, fechamentos e desinvestimento. É um ciclo inevitável. Os meses e anos passam e a sociedade não reage, estudantes, empresários, advogados, intelectuais estão inert...

VOCÊ ESTÁ ACOMPANHANDO O IMPACTO DA VARIAÇÃO DO ESTOQUE NO SEU CAIXA?

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  (*) Balian Uma das inúmeras dificuldades do dia a dia do departamento financeiro das organizações é explicar as variações da NCG - Necessidade de Capital de Giro num período curto, por exemplo, de um mês para outro. Quando fatores como grandes oscilações nos prazos médios de vendas e recebimento dos clientes não acontecem, os executivos têm problemas para encontrar uma explicação plausível e são questionados se a estratégia atual na condução de seus negócios é a mais eficiente. No sentido de contribuir com essa questão propomos o cálculo de um indicador que sinalize o impacto no caixa de mudanças da NCG, antes que ela aconteça. GOC2 = LUCRO OPERACIONAL2 – (ESTOQUE2 – ESTOQUE1) A Geração Operacional de Caixa - (GOC) é igual ao Lucro Operacional do mês deduzido da variação de estoque em relação ao mês anterior. Desta forma, é possível visualizar com antecedência a movimentação futura no caixa. A principal finalidade é a de permitir que o administrador se antecipe à sobra ou...

SONHO E REALIDADE

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  Com a manutenção da Selic em 15%, somados aos efeitos negativos da política comercial norte americana e a leve alta na aprovação do governo, o Presidente Lula poderia aproveitar o momento e adotar o PEF - Programa Estratégico Fiscal 2030. O ajuste estrutural seria da ordem de 3% do PIB, cerca de R$ 380 bilhões a preços atuais, a partir do déficit primário esperado para 2025 de 0,6% do PIB. Desta forma, seria possível estabilizar a DBGG - Dívida Bruta do Governo Geral em 80% do PIB, com geração de superávit primário de 2,4%, redução da taxa real de juros dos atuais 9% para 5% ao ano para seu financiamento e propiciar um crescimento sustentável do PIB de 2% ao ano com inflação dentro da meta. O Programa e sua implementação efetiva, recuperariam a credibilidade do governo perante o mercado financeiro e toda sociedade criando os alicerces para a derrubada da inflação e sua tão sonhada reeleição. Os números impressionam, exigiriam um plano de governo, com fixação de metas, prioridade...