STREAMING, A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL RADICAL

 

Um dos maiores expoentes da transformação digital é sem dúvida nenhuma o modo como consumimos as músicas, os filmes, shows, basicamente o nosso entretenimento. A Palavra que mais determina essa alteração é o Streaming, ou seja a transmissão. Até pouco tempo atrás essas opções de diversão ou até mesmo de aprendizado estavam associadas a mídias que continham tal conteúdo, como CDs, DVDs e etc. Porém a evolução e  a popularização da Internet permitiu que as transmissões tivessem uma qualidade muito boa, tanto para o áudio quanto para o vídeo. 


Veio a pandemia e nossos hábitos mudaram radicalmente, com a vida voltando ao normal como o mercado de Streaming deve se comportar daqui em diante? 


Uma análise atual desse cenário para o mercado de vídeos temos os seguintes dados:

71% dos brasileiros tem acesso a canais de streaming no país, segundo uma pesquisa do Itaú cultural em parceria com o Datafolha, entre as plataformas mais assistidas temos: a Netflix com 62% das assinaturas, seguidas pela Amazon com 27% e encostado vem a Globo Play com 24%. Esse ano o setor movimentou aproximadamente 1 bilhão de reais. 


E diante de um cenário promissor como o que vem sendo projetado pela pesquisadora sueca Johanna Koljonen que verificou a solidificação desse mercado pós pandemia, teremos algumas mudanças estruturais no mercado muito interessante para quem quer participar dessa remodelagem na indústria do audiovisual passando desde a produção criativa de conteúdo até o marketing de distribuição, sempre com a  tecnologia como uma base importante no desenvolvimento.


“O streaming veio para ficar e o cinema continuará forte. O importante é que os distribuidores trabalhem para a criação de novos públicos e entendam que as janelas de lançamento foram alteradas para sempre. Além disso, o melhor de contar histórias agora é que estamos falando de um ambiente muito democrático. Se você fizer um filme na televisão, no streaming ou no cinema, não importa. E se você é um novo cineasta, como Barry Jenkins, tem espaço para criar obras primas em diferentes formatos como Moonlight e The Underground Railroad [série de streaming de 10 episódios]”, Stacey Sher, produtora executiva de Pulp Fiction, em entrevista para a McKinsey. 


Como tendências muito forte demonstradas nas pesquisas temos a possibilidade de mudanças como a importância enorme de multinarrativas fazendo com que diferentes formatos possam conviver. As janelas de distribuição também devem sofrer um encurtamento com inclusive a exibição de mais de um canal determinando uma área e uma forma muito diferente da atual para o tempo entre um título trocar sua plataforma. Veremos também uma alteração nos dispositivos de conexão e exibição, multiplicando assim as possibilidades com equipamentos conectados e que promovam a exibição direta dos conteúdos. Portanto temos um cenário futuro muito interessante e promissor, seja na área criativa ou na área da tecnologia estamos falando da construção de oportunidades excelentes. 

Fique atento, acompanhe e é muito certo que você tem como participar.


 (*) Prof. Ms. João Manoel Quadros Barros

Professor

www.itdi.com.br


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