PRODUÇÃO, FLUXO DE CAIXA E VENDAS: O DIFÍCIL EQULÍBRIO DESSAS VARIÁVEIS EM 2023

 


(*) Balian

As organizações terão no início de 2023 um imenso desafio, isto é, de como programar a produção e a oferta de produtos e serviços frente as incertezas de como será a gestão do presidente Lula. Seja industrial, comercial ou prestadora de serviços os problemas serão equivalentes para todas as organizações.

No campo da economia, o mercado engoliu Fernando Haddad como Ministro da Fazenda com ressalvas e para conquistar a confiança dos agentes econômicos, o futuro ministro terá que equacionar o rombo fiscal frente aos gastos com o Bolsa Família e demais demandas por investimentos que não são poucas. As duas primeiras semanas de trabalho serão determinantes para seu sucesso.

Na ótica das empresas, a dificuldade está no planejamento de começo de ano. Tarefa que nunca foi fácil mesmo em tempos calmaria, quanto mais hoje em tempos de dúvidas e incertezas.

Uma coisa é certa, não dá para esperar para depois do carnaval e será preciso tomar decisões a partir do início de janeiro. Um dado positivo é que muitas firmas retornam de férias coletivas ao longo da 1ª quinzena o que dá condições para analisar as consequências das primeiras decisões do governo recém-empossado.

As empresas precisam de um eficiente sistema de informações que reflita uma série histórica de dados, seja de produção, vendas, movimentação de estoques, prazos médios de recebimentos e pagamentos, necessidade de capital de giro, volume de compras e prazos de entrega não só de seus fornecedores, mas que reflitam também a sua eficiência e eficácia interna.

Com dados em mãos, será menos difícil programar a produção, estimar o volume de vendas e de compras, de modo a no 1º. Trimestre do ano priorizar o fluxo de caixa. A rentabilidade é fundamental, mas pode ser deixada de lado no início de 2023.

Propõe-se que os departamentos de produção, marketing, compras e financeiro se reúnam semanalmente e alinhem decisões de modo a atravessar esse período com menos dificuldades e se prepararem para poder deslanchar a partir do 2º. Trimestre do ano.  

Lembre-se! Metas poderão não ser cumpridas, no entanto, é sempre melhor um planejamento ruim do nenhum, principalmente, frente as incertezas da política econômica com reflexos na arrecadação e gastos públicos, nas taxas de câmbio, juros e volume de crédito, que afetam sobremaneira a performance das empresas.   

O momento é de confiança e otimismo, uma vez que a “empresa está sob nova direção”. Vamos conferir.

  (*) Prof. Dr. Jose Eduardo Amato Balian

Consultor empresarial

www.itdi.com.br

jbalian@uol.com.br

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