IA E AS OPORTUNIDADES DE GANHOS COM O PROJETO DE LEI BRASILEIRO.



(*) Prof. Balian

Depois da energia elétrica e máquina a vapor, nenhuma outra tecnologia tem sido tão disruptiva como a da Inteligência Artificial.

É uma ferramenta com potencial maior de ganhos de produtividade que o computador e a internet, por isso, de um lado nos assusta e de outro nos encanta com perspectivas inimagináveis de melhoria na qualidade de vida das pessoas.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, objetiva aprovar ainda em 2024 o Projeto de Lei 2338/2023 sobre IA e tem como relator o senador Eduardo Campos. Aliás, tem feito excelente trabalho ao consultar e ouvir todos os segmentos da sociedade para apresentar o relatório final com a maior contribuição e consenso possível.

Como toda tecnologia proeminente pode ser encarada como risco e oportunidade. Risco de perda de empregos, softwares, sistemas de informação, hardwares, dentre outros, e oportunidades de geração de empregos qualificados, processos racionais de trabalho e mais bem-estar para a população.

As dificuldades de regulamentação da IA no mundo não são diferentes no Brasil, por isso, é preciso ter o cuidado de não ser punitiva para grandes ou pequenas empresas e startups, sejam elas de alta tecnologia, desenvolvedores de softwares ou de sistemas de informação.

Sugere-se que deva incidir sobre os efeitos de sua aplicação e não sobre o processo de desenvolvimento. Esse é um cuidado que não pode ser ignorado por todos stakeholders envolvidos em sua elaboração.

Com essa preocupação em mente, será de grande valia para a inovação, redução de custos e criação de novos produtos e serviços, além de aprimorar os atuais, mas se for excessivamente burocrática e punitiva para empresas prejudicará ainda mais o processo estagnado de aumento de investimentos da economia brasileira.

O setor de serviços mais até do que o da indústria de transformação e agricultura, têm possibilidades fantásticas de crescimento sustentável, através do treinamento, procedimentos e tratamento de grandes volumes de dados.

A área de saúde no planeta, para dar um exemplo, seja pública ou privada, é cara e tem problemas que poderão ser significativamente minimizados com a IA e reduzir não só os custos hospitalares, como também os valores pagos pelas pessoas aos planos de saúde. Os ganhos poderão vir dos atendimentos e procedimentos médicos.

O “x” da questão, está em não ser contra a IA, mas sim, saber usá-la como aliada, da mesma forma como aprendemos a usar o computador, a internet, a energia elétrica e antigamente, a máquina a vapor.

Sob esse enfoque tire proveito dela ao invés de ser contra ela. A grande preocupação é que o Projeto de Lei seja desfigurado no Congresso Nacional, como já vimos em diversos setores e ao invés de alavancar, inibir o desenvolvimento brasileiro.

Fique atento e acompanhe de perto. O processo precisa ser de ganha-a-ganha.

(*) Prof. Dr. Jose Eduardo Amato Balian

Consultor empresarial

www.itdi.com.br

jbalian@uol.com.br

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