É HORA DE SE PENSAR NO FIM DA REELEIÇÃO
(*) Prof. Balian
A ambição do ser humano é ilimitada e tem o seu lado positivo e negativo. O anseio por melhor qualidade de vida e rentabilidade das empresas tem sido a mola propulsora do desenvolvimento a séculos, propiciando evolução da ciência, medicina, trabalho, economia e fundamentalmente, do bem-estar da sociedade.Entretanto, o lado negativo aparece quando o interesse individual se sobressai sobre o coletivo. Observe o momento atual: temos um presidente eleito democraticamente pela terceira vez e que postula o quarto mandato sem ter nenhuma ambição de servir, de transformar o País, de produzir mudanças profundas na vida da população.
O problema é que apesar dos bons indicadores econômicos como crescimento do PIB (3,4%), ganho real de renda (9%) e taxa de desemprego baixo (6,6%), o governo tem negligenciado o combate à inflação e seu nível de reprovação é alto (56%).
A sociedade brasileira está mais exigente e almeja não só preços estáveis, como também usufruir de melhores condições, refletidas no nível das escolas, atendimento e tratamento à saúde, transporte coletivo e segurança pública, o que não está acontecendo.
Sem falar, nas transformações sociais que o Partido dos Trabalhadores não consegue ver, pois atualmente, se dá menos importância a contratação via CLT e mais na possibilidade de empreender e de se ter liberdade para trabalhar nos horários e empresas diferentes ao mesmo tempo.
A atual gestão está perdida, sem um projeto que consiga minimamente caminhar nessa direção, só se preocupa com a reeleição, esquece da gravidade de nossas mazelas e que foi a inflação fator preponderante que reelegeu o Presidente Lula, fez seu sucessor, e foi decisivo na queda da Presidente Dilma e no fracasso da tentativa de reeleição do Presidente Bolsonaro.
A inflação está fora da meta e todas as classes sociais sentem seus reflexos, o que reforça a avaliação negativa da atual gestão, fato que não pode ser ignorado. A solução não está em aumentar o nível de consumo da população via crédito e sim, na melhoria da qualidade dos serviços públicos oferecidos a ela.
A diminuição do Estado e redirecionamento dos gastos, terão o apoio da população e por tabela da classe política, é uma questão de tempo para que isto aconteça. A questão é menos ideológica e mais pragmática na busca por eficiência e eficácia.
Com menos gastos e estímulos ao consumo, a demanda se ajustará a oferta e fará com que a inflação volte a meta estabelecida pelo próprio governo.
Governo populista de um lado e baixo nível educacional de outro, é uma combinação perigosa que além de não resolver, empurra os problemas com a barriga o que exigirá soluções mais caras e difíceis no futuro. Por essas e por outras, acredito que é hora de se pensar no fim da reeleição para o bem de todos e felicidade geral da nação.
Você concorda com essa ideia?
(*) Prof. Dr. Jose Eduardo Amato Balian
Consultor empresarial
jbalian@uol. com.br
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