ERRAR É HUMANO, MAS PERSISTIR NO ERRO É DESUMANO

 


O combate à inflação em países emergentes não tem sido tarefa fácil, ora por falta de conhecimento das medidas para conter o aumento de preços, ora por falta de vontade política em adotá-las.

No caso brasileiro, possuímos um presidente populista, politicamente debilitado, sem foco e plano de desenvolvimento para o país. Sua preocupação principal está em se reeleger, o que dificulta ainda mais a solução do problema e suas consequências.
Os interesses do Brasil parecem que estão em segundo plano, frente ao ego pessoal de alguém que já de
u importante contribuição para o país e que hoje está sem rumo e deveria dar lugar a outro.

A falta de conhecimento não é a justificativa apesar da formação em direito do Ministro Fernando Haddad da Fazenda, uma vez que o segundo escalão dos Ministérios da Fazenda e Planejamento é composto por diretores e técnicos com formação e competências comprovadas, e que podem e devem auxiliá-lo.

As contribuições do Banco Central também não podem ser ignoradas, uma vez que não só seu presidente, como diretores e técnicos têm formação de 1ª. linha e experiência de mercado.

A questão principal é a falta de vontade política do governo em fazer o que é certo, pois dificuldades não faltam e empurrar o problema com a barriga e tomar medidas paliativas para resolvê-lo é mais fácil e tem sido a prática comum de nossos governantes a muito tempo.

O conflito entre a economia e a política sempre existiu e pode ser comparado ao das áreas financeira e comercial das empresas, entretanto, da mesma forma que não pode haver vencedor e perdedor, e sim, a companhia sair ganhando, no âmbito governamental, a sociedade brasileira deve ser beneficiada e não interesses particulares de um lado ou de outro.

O tempo passa rápido e história mostra que a inflação age como um pêndulo, isto é, pode ser o melhor cabo eleitoral para eleger alguém ou se tornar fator determinante para sua derrota.
Depois de vinte anos de governo, o PT ainda não percebeu isso e ao contrário do que imagina, a inflação faz mais mal do que bem aos trabalhadores e suas famílias, hoje fortemente endividadas (81% com renda de 0 a 3 salários-mínimos), pagando caro pela alimentação e transporte, com atendimento precário e lento do SUS, além da crescente falta de segurança nas ruas.

A população quer que os serviços públicos e a política fiscal funcionem, de modo a derrubar a taxa de juros e a inflação, além de obter retorno dos impostos através da qualidade dos serviços públicos e não é isto o que está acontecendo, daí a queda de popularidade do presidente.

O Banco Mundial recomenda um ajuste de 3% do PIB, ou seja, cerca de R$ 380 bilhões e deveremos ter um déficit por volta de R$ 80 bilhões em 2025, a dívida pública bruta deve chegar a 82,4% do PIB em 2026 com perspectiva de atingir 100% em 2030.
A gestão Lula3, replica os equívocos do governo Dilma2, e não toma as medidas necessárias para combater a inflação, mas nunca é tarde para mudar e é o que esperamos o quanto antes, pois errar é humano, mas persistir no erro é desumano.

(*) Prof. Dr. Jose Eduardo Amato Balian
Consultor empresarial
 jbalian@uol. com.br

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